Fundação ArcelorMittal reforça gestão do investimento social
Fonte: Diário do Comércio
Créditos: Divulgação ArcelorMittal
Responsável por gerir e destinar os investimentos sociais da maior produtora de aço no Brasil, a Fundação ArcelorMittal busca aplicar as melhores práticas de gestão na área social e se dedica a criar oportunidades em seus três eixos prioritários de atuação: educação, cultura e esporte. Desde a criação da instituição, há 35 anos, mais de 11 milhões de pessoas em todo o Brasil já participaram das iniciativas promovidas. Para se ter uma ideia, apenas nos últimos cinco anos, a Fundação investiu mais de R$ 300 milhões entre recursos próprios (R$ 37,3 milhões) e incentivados (R$ 262,70 milhões).
Há três meses, o núcleo de investimento e transformação social da companhia ganhou uma nova diretora-superintendente, Camila Valverde. Com trajetória de 25 anos nas áreas de sustentabilidade, responsabilidade social e projetos ESG, a executiva construiu sua carreira no varejo, tendo experiência em marketing, relações governamentais, investimento social privado, além da diretoria de sustentabilidade, na qual liderou projetos e iniciativas premiadas nacionalmente.
Camila Valverde era COO no Pacto Global da ONU – Rede Brasil, atuando como diretora da Frente de Impacto, onde realizou diversos projetos para as empresas avançarem na agenda de enfrentamento à crise climática e ao fortalecimento dos direitos humanos. Baiana, administradora de empresas, especialista em Administração de Serviço pela Universidade Federal da Bahia e mestra em Desenvolvimento Regional Urbano, Camila Valverde conversou com o Diário do Comércio sobre sua bagagem e os planos que possui para o desafio à frente da Fundação ArcelorMittal.
Você está há três meses à frente de uma instituição que existe há mais de três décadas. Como fazer essa relação dar certo?
Acredito que o primeiro passo é conhecer a história do lugar onde você está. Foi o que fiz desde que cheguei. Conversei com as pessoas que participaram desta construção dentro e fora da Fundação. Visitei as unidades operacionais em diferentes estados, ouvi sobre as expectativas dos executivos e troquei individualmente com cada colaborador para entender como foi possível chegar até aqui. O segundo passo é respeitar e valorizar a história construída. Tudo o que foi feito é muito importante, e quem chega traz a sua bagagem e um olhar de fora para agregar e construir aderência ao local. Minha chegada leva a um processo de transição e de adaptação para a Fundação ArcelorMittal, para o Grupo e para mim. Os primeiros 100 dias, na minha avaliação, foram muito positivos: colecionamos aprendizados e já começamos a evoluir juntos, rumo aos novos desafios.
O que falar dos primeiros 100 dias e dos próximos anos?
Foram 35 anos em três meses. A história da Fundação ArcelorMittal é muito coerente com a trajetória da responsabilidade social corporativa e do investimento social privado no Brasil. A Fundação surgiu com o propósito de atender às comunidades onde o Grupo ArcelorMittal tem operação, mas sua atuação e relação foram mudando ao longo do tempo. Meu papel é olhar para frente, planejar nossa atuação nos próximos anos e trazer o que está surgindo e sendo trabalhado em termos de investimento social privado. É preciso estar junto de tendências e agendas que sejam transformadoras, para que a maior produtora de aço no Brasil possa gerar impacto social com seus esforços e investimentos.
Como acompanhar essa mudança e como fazer para que essa agenda seja cumprida?
É preciso estar atento às tendências, mantendo sempre o olhar para frente. A decisão da ArcelorMittal em trazer alguém do mercado, com experiência da área social, para ocupar a cadeira de diretoria da sua Fundação, é um movimento que reforça a relevância e os anseios para o investimento social da companhia. O trabalho realizado pela Fundação já gera impacto. São mais de 11 milhões de pessoas impactadas ao longo desses 35 anos. Agora, estou focada em construir um Planejamento Estratégico até 2030, que impulsione a transformação social, permitindo que ela seja mensurável, com indicadores aderentes, que tenham conexão com o nosso negócio e atendam às necessidades das comunidades, contribuindo para o desenvolvimento das pessoas e do nosso País.
Quais os eixos prioritários da estratégia da Fundação ArcelorMittal?
A Fundação trabalha nessas três frentes: educação, cultura e esporte. O esporte, enquanto atividade no contraturno escolar, além de aumentar o vínculo da criança com a escola, ajuda no desenvolvimento de habilidades socioemocionais. Ele abre portas e cria oportunidades de inclusão, porque é democrático. Além disso, também investimos na formação de atletas de base, para que esses estudantes possam ser protagonistas de suas vidas, os futuros campeões. No eixo da cultura, priorizamos iniciativas de democratização do acesso. Em 2025, vamos celebrar 15 anos do nosso maior programa de formação de público: o Diversão em Cena, que já levou mais de 3 mil espetáculos para diversas cidades no Brasil, promovendo o acesso ao teatro para crianças e suas famílias. Também mantemos o programa Forma e Transforma, que reúne uma série de iniciativas voltadas para a formação de artistas, gestores e empreendedores culturais. Na Educação, definimos a estratégia Liga STEAM, que une Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática, como base para nossos projetos. Buscando promover uma proposta de aprendizado cada vez mais plural e atenta aos desafios atuais, a abordagem pedagógica integra essas áreas de conhecimento, que são temas em que o Brasil precisa avançar, desenvolver novos profissionais e que se relacionam com nosso negócio e toda a cadeia da indústria do aço. Entendemos que, ao aliar educação, cultura e esporte, a organização fortalece seu papel social de contribuir para a construção de um bom alicerce para o desenvolvimento regional, para além da geração de empregos.
Fale um pouco mais sobre a Liga STEAM.
A Liga STEAM é uma estratégia que nasceu com base em uma das Diretrizes do Desenvolvimento Sustentável da ArcelorMittal, que busca ser fonte de cientistas e engenheiros do amanhã. Entendemos que, para impulsionar os futuros profissionais, a formação precisa começar na base, quando as crianças começam a traçar o futuro profissional. E este é o papel da Fundação. Iniciamos com a formação de educadores para utilizarem a abordagem STEAM no seu dia a dia na sala de aula. Um conceito já amplamente utilizado em diversos países, como Estados Unidos, China, Austrália e Reino Unido, que faz uso de metodologias ativas, como a aprendizagem baseada em projetos, busca desenvolver habilidades e competências que conectam os aprendizados em sala de aula da educação básica aos desafios reais da sociedade. Mais de 11 mil professores já foram formados desde que o programa começou. A Liga STEAM também promove ações com recorte de gênero, focadas em incentivar o interesse e a formação de jovens mulheres para as carreiras STEAM, visto que o número de mulheres nas áreas exatas ainda pode crescer muito.
Nos últimos cinco anos, a Fundação investiu mais de R$ 300 milhões em diversas iniciativas. Quais você destacaria?
A Fundação ArcelorMittal tem a importante tarefa de direcionar os investimentos sociais do Grupo ArcelorMittal, o que inclui os recursos próprios e a destinação dos recursos incentivados por meio das Leis de Incentivo vigentes, que existem exatamente para complementar políticas públicas no avanço da educação, do esporte e da cultura. Priorizamos iniciativas de continuidade, por isso temos programas que celebram 30, 25, 15 anos. Especialmente no esporte, hoje, temos 55 diferentes projetos de desporto acontecendo em todo País. Com base nesse histórico de investimento, inauguramos recentemente uma parceria com a CUFA, a Central Única das Favelas, patrocinando a Taça das Favelas, maior competição de futebol no mundo, que alia oportunidades no esporte e na educação.
Então você diria que, por meio da Fundação, a ArcelorMittal está preparada para os próximos 35 anos?
As empresas não sobreviverão se não tiverem um papel social que vá além da sua obrigação legal. A ArcelorMittal entende isso e, por meio da Fundação, demonstra o compromisso com o desenvolvimento sustentável das comunidades e desempenha a tarefa de criar oportunidades de transformação que constroem um legado positivo. Essa contribuição das empresas e fundações buscando estratégias que impulsionam o impacto social é o que apoia a construção de um País melhor, mais justo e equitativo para todas as pessoas.
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